DEGUSTAÇÃO DE VINHOS
É muito comum se ouvir falar em degustação. No dicionário, DEGUSTAR significa: (de.gus.tar – lat degustare – vtd) – avaliar pelo paladar o sabor de algo.
Quando o assunto é o vinho, o significado desta palavra torna-se bem mais abrangente, porém, há quem prefira dizer que o ato da degustação nada mais é que uma análise sensorial de cada bebida, ou seja, uma reflexão mais detalhada sobre aquilo que se descobre aos poucos a respeito de um determinado vinho. Calma… não é nada tão complicado e, para tanto, basta usar seus 5 sentidos: visão, olfato, tato, paladar e audição.
Mas por que é muito mais agradável, apreciar com calma um vinho e não simplesmente bebê-lo? Ao utilizar algumas técnicas de avaliação sensorial, pode-se tentar verificar a qualidade, corpo, aromas, evolução e desenvolvimento do vinho, além de poder combina-lo com os mais diversos tipos de pratos (essa é a parte mais interessante e gostosa da brincadeira).
Então, mão à obra! A degustação se inicia logo ao abrir a garrafa. Pode-se tentar verificar algum possível defeito pela simples observação da rolha e detectar eventuais vazamentos ou deterioração da mesma. Antes de servir, verifica-se a temperatura, para que a mesma seja a ideal, de acordo com o tipo de vinho. Com a taça adequada, o primeiro passo é fazer a análise visual, que irá permitir identificar a limpidez, fluidez, presença de gás carbônico (bolhas), intensidade, tonalidade e cor do líquido.
Nessa etapa, o sentido da visão foi o utilizado. Em seguida, deve-se partir para o exame olfativo, ou seja, cheirar o vinho. Ao contrário do que muitos pensam, isso não é um esnobismo ou frescura, já que neste momento é que se percebem os diferentes tipos de perfumes e intensidade aromática da bebida.
Os vinhos, de uma forma geral, apresentam aromas de frutado, floral, vegetal, animal, madeira, especiarias, balsâmicos, entre outros. Após as análises visual e olfativa, chega o momento de saborear as qualidades observadas no vinho anteriormente, pois é na boca que nota-se seu equilíbrio, acidez, temperatura, corpo / peso, maciez e doçura. Após engoli-lo, percebe-se o retrogosto, que evidencia ainda mais as suas especificidades. Nesta etapa, foram empregados os sentidos do paladar, tato e, desta maneira, pôde-se perceber ao final, a utilização de 4 sentidos (visão, olfato, tato e paladar), correto?
Fica a dúvida: e o 5º sentido (audição)? Onde se encaixa?
Resposta fácil: no brinde. TIM TIM!
TEMPERATURA IDEAL PARA CADA TIPO DE VINHO
Espumantes: 6ºC a 8ºC
Brancos jovens secos: 8°C a 10°C
Brancos encorpados e envelhecidos: 10°C a 14°C
Doces / sobremesa: 5°C a 7°C
Rosés: 10°C a 12°C
Tintos jovens: 10°C a 15°C
Tintos envelhecidos: 14°C a 18°C°
A ESCOLHA DA TAÇA ADEQUADA
A taça correta faz com que o vinho consiga expressar toda a sua potencialidade e esplendor, o que torna sua degustação muito mais agradável, portanto, faça a escolha certa para os diferentes tipos de vinhos. Em geral, para beber espumantes, utilize as altas e estreitas – do tipo flute (flauta) – pois além de ajudar a concentrar os aromas liberados junto com o gás natural, elas impedem que o mesmo se dissipe rapidamente. Detalhe: nada de ficar agitando a taça! O processo de gaseificação natural na elaboração dos espumantes é extremamente trabalhoso para ser desperdiçado com sacudidelas desnecessárias.
Para degustar os brancos, você poderá usar as de forma mais bojuda, com boca mais larga e que permitam – agora sim – que você agite o vinho para poder apreciar melhor o aroma. Como o vinho branco deve ser servido bem resfriado, taças de tamanho médio são perfeitas para que a baixa temperatura do líquido seja mantida por mais tempo enquanto os aromas se revelam.
Já no caso dos tintos, dê preferência às taças do tipo Bordeaux ou Borgonha, bem maiores e largas, pois assim os vinhos terão a possibilidade de – com o passar do tempo – liberar vários tipos de aromas bem complexos, principalmente se forem “envelhecidos” em barricas de carvalho.
USO DO DECANTER
Se você pretende decantar um vinho, vale saber que à temperatura ambiente, a bebida aquece 2°C a cada hora, portanto, se for usar o decanter, é importante resfriar o vinho na temperatura de serviço correta. Sendo assim, calcule o tempo que o vinho ficará no decanter e acrescente pra cada hora, 2°C a menos na sua temperatura.
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DEGUSTAÇÃO DE VINHOS
ONDE SE INFORMAR
Existem diversos sites, literaturas e indivíduos especializados em auxiliar, orientar e informar as novidades existentes no mercado, tanto para curiosos, novatos, adeptos e também veteranos do circuito do vinho. Indico abaixo, dois especialistas em vinho: Álvaro Cesar Galvão (SP) e Rogério Dardeau (RJ). Anote, pesquise e divirta-se.
(* Clique nas fotos abaixo e acesse os sites dos professores)